quarta-feira, janeiro 25, 2006

É assim, eu sou assim…

Acontece sempre assim, o mesmo sentimento de cada vez que me sento em frente de um computador para escrever alguma coisa, não surge ideia alguma, não quero escrever coisas que sinto, porque o que sinto não sei o que é, não se escreve e por vezes é melhor não escrever. Então o que será que faço eu aqui, pergunto-me eu, a olhar fixamente para o teclado, a pensar qual das teclas será a correcta para começar a escrever a tal palavra inspiradora.
Então começam-me a surgir ideias, opiniões, músicas, pensamentos, e começo a excluir muitas delas, umas para não magoar ninguém com o que escrevo, e outras porque não me quero magoar a mim a transcreve-las para um pedaço de material electrónico.
Então, começo por pensar nos outros, nos meus amigos, nas pessoas que me fazem feliz, nas pessoas com quem me sinto bem, e depois a pensar em mim, a pensar no que seria capaz de escrever para conseguir harmonizar tudo num texto só.
Garanto-vos que não é fácil, mas há momentos na vida que o “melhor é voltar para trás, em vez de nos perdermos no caminho”(Obrigado pela inspiração...). Costumava pensar que o que tinha passado, tinha passado, o que importava era o que estava para a frente, e continuo a pensar exactamente da mesma forma, mas penso acima de tudo que é mais importante voltarmos atrás em pensamentos, em reflexões, em opiniões, e repararmos o que construímos mal e depois sim, avançar com sólidas bases, com uma argamassa de experiência reforçada e acima de tudo com o horizonte como meta.
Sinto-me feliz… pelo que sou, pelo que significo para muita gente, e acima de tudo pelo orgulho que tenho em poder dizer “Sinto-me feliz” com um sorriso nos lábios, mesmo que esse sorriso possa custar muito a quem não me queira ver sorrir, pois mais triste que não sorrir é não ter a arte de saber sorrir.
Gosto dos meus amigos de uma forma especial, de uma forma que fui aprendendo a gostar ao longo do tempo, de uma forma única. Mas há pessoas que são muito especiais na nossa vida, umas vêm e vão, outras surpreendem-nos todos os dias, uma desiludem-nos a cada dia que passa, e outras, essas sim, cativam-nos cada vez mais, cada minuto, fazem com que pensemos nelas 24 vezes num dia.
É dessas pessoas que vos quero falar das pessoas que gosto, das pessoas que estão comigo quando preciso, que nunca me negam uma ajuda, que me dão a mão quando preciso, das pessoas que me fazem acreditar que o passado existe para termos futuro, mas acima de tudo das pessoas que tenho no meu coração neste preciso momento.
São pessoas que me dizem bom dia quando eu acordo, são pessoas que me dizem boa noite quando me deito, dizem sem estarem presentes, dizem porque pensam em mim, da mesma forma que penso nelas, e porque não são simplesmente pessoas tenho de lhes dizer “Obrigado”., não são simplesmente pessoas porque são aquelas pessoas que eu mais estimo, aquelas pessoas que eu admiro, e porque são as pessoas que nunca traíram o meu coração.
Estas pessoas são aquelas que apesar das dificuldades no dia em que eu morrer não vão dizer foi um grande amigo, não vão dizer podias ter feito mais, pois vão estar a pensar será que eu me vou mexer, temos tanto que viver juntos ainda. Estarão sempre à espera que eu diga qualquer coisa, que eu faça qualquer coisa, pois tudo foi de menos, tudo foi pouco, há sempre mais qualquer coisa para fazer, há sempre mais qualquer coisa para dizer.
E tal como dizia Goethe “conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, é o que faz da Terra um jardim habitado.”

Obrigado…