sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Um dia queria poder dizer…

Ele pensava nela sentado em frente ao seu computador, pensava em como seria bom acariciar seus cabelos, pensava como seria bom sentir o seu respirar junto de seu peito, pensava em como seria bom estar com dela, pensava mesmo em como seria bom também somente receber noticias, um olá, um bom dia, um boa noite, chorava pela sua ausência, sorria na certeza que ela estava lá, sorrindo, ensinando, aprendendo, e acima de tudo querendo simplesmente ser mais feliz.

Ele somente pensava nisso, pensava nela, na sua ternura, na sua agressividade, na sua coragem de dizer não, na sua capacidade de ser fria, na sua delicadeza, no seu lindo sorriso, no seu toque de veludo, que invadiu o seu dia-a-dia, não desejando sair nunca mais, querendo permanecer para sempre no seu coração, cativando a sua atenção, despertando a energia que havia escondida, que havia apagada, que havia por descobrir.

Ele queria-a a ela, escutando-o, ouvindo o que ele tinha para lhe dizer; ele queria-a a ela a dizer que o queria, que o esperava quando ele não estivesse, que queria lutar com ele pelas coisas mais difíceis; ele queria-a a ela, simplesmente ele queria-lhe dizer que ela o faz feliz, que ela tem um sorriso que encanta o mundo; ele queria simplesmente tocar os seus lábios e sentir o sabor da loucura, queria sentir o calor do seu corpo e sentir o conforto de um beijo, queria sentir o seu cheiro e sentir a beleza do seu corpo.

Ele sentia-se perdido, capaz de ter a certeza que queria ir para lugar incerto, onde tudo lhe parece vulgarmente diferente daquilo que estava anormalmente desabituado. Sentia que queria lutar com a força de um homem vulgar, sabia que tinha de enfrentar os mais vulgares desafios, mas tudo lhe parecia difícil e longínquo, fácil de falar, mas muito difícil de fazer.

Ele queria não ter medo daquilo que não pode dizer, ele queria ter certeza que o que diz é o que deveria dizer, ele queria simplesmente sentir, que o que sente é sincero, mas ele, ele mesmo, este de quem vos falo, não tem certezas de nada, tem dúvidas, medos, incertezas, receios, mas tem uma esperança é que se não há bolos numa pastelaria, certamente que encontramos o nosso pastel de nata numa outra qualquer…

Obrigado…

1 Comments:

Blogger Sérgio Gonçalves said...

Muitas são as ocasiões onde vagueamos num mar de incertezas. Em busca de uma estrela guia, de uma praia no horizonte, de uma referência.
É dificil vaguear.
Redescubro agora que, frequentemente, posso não saber para onde vou, mas sei por onde não vou.

2:16 da tarde  

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